Deve ser um tanto quanto engraçado duas pessoas de nacionalidades diferentes, quando uma não domina o suposto idioma da outra, tentando encontrar um terceiro que sirva à comunicação entre elas.
Vou narrar aqui, sem a devida permissão das personagens, mas, o máximo que poderá acontecer será de eu levar uma bronca. Ninguém vai me processar, creio eu. Então, vamos lá!
Estava minha filha Mirnovsk (pseudônomo dado pelo meu filho Aníbal Mascarenhas) em seu apartamento, em Bremen, Alemanha, quando tocam sua campainha. Ao abrir a porta, encontra o carteiro, que lhe pergunta, em alemão, se pode deixar uma encomenda para ser entregue no apartamento vizinho, pois o morador ou moradora, não me disseram o sexo, não se encontrava.
Abro aqui um parêntese para dizer que pensava eu que isso só acontecia aqui "em nós". Mas, pelo visto, na "zoropa", idem.
Prosseguindo: como ela começou a estudar alemão recentemente, ainda está longe de dominar o idioma, mas, compreendeu. Por ela haver peguntado ao carteiro se ele falava inglês, pois ela fala inglês fluentemente e só um pouco alemão, o mesmo ficou preocupado se ela havia entendido o que ele lhe havia pedido. Apesar dela explicar que sim, tinha entendido e entregaria a encomenda logo que o vizinho(a) aparecesse, o carteiro tentava ainda dizer alguma coisa, gesticulando e apontando para o pacote. Ao olhar para o nome dela, exposto na porta do apartamento, imaginou que ela poderia ser de algum país latino (não pelo primeiro nome, segundo Aníbal, Mirnovisk), mas pelo restante do nome. Ele perguntou-lhe se falava espanhol, ao que ela respondeu que não, mas compreendia. E o carteiro então pôs-se a falar-lhe em espanhol, quando minha filha percebeu-lhe um sotaque bem característico e disse-lhe, em bom português: "esperaí", o senhor por acaso é português? Ao que o gajo lhe respondeu: ORA, POIS! E daí por diante a conversa fluiu que foi uma satisfação só.
Depois conto outras.
É uma torre de Babel!
ResponderExcluirAss.: Mirnovisk