Devemos ora refreá-la, ora estimulá-la. Toda felicidade depende da
imaginação, e esta deveria ser orientada pelo bom sendo. Às vezes, ela se
comporta como um tirano. Não lhe bastando especular, toma conta de nossa
vida, a qual se torna agradável ou desagradável, tornando-nos infelizes ou
satisfeitos demais conosco mesmo. A alguns causa só desgosto, pois a
imaginação é um algoz dos tolos. A outros promete felicidade e aventura,
alegria e vertigem. Ela pode fazer tudo isso, se não for temperada pela
prudência e pelo bom senso.
Extraído do Livro: A arte da prudência, de Baltazar Gracián.
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