Não concordo com repressão, mas, em se tratando de baderna, acho que, quem pode, deve impedi-la. Infelizmente, o que se viu até hoje nesse tal grito dos excluídos não retrata movimento de gente consciente e esclarecida, mas apenas o uso dessas pessoas em prol de algum grupo político que quer aproveitar a oportunidade do ajuntamento de políticos no palanque, que são seus adversários do momento para, às custas da ignorância do povo, que pensa que está fazendo alguma coisa de significante para mudar suas vidas e dos baderneiros de plantão, que aproveitam a oportunidade para “aparecerem”, marcarem suas presenças no ato público. Na verdade, para mostrarem seu poder ofensivo, buscando valorização junto aos que estão com o poder de mandar.
Há quanto tempo acontece a tal manifestação e o que trouxe como conseqüência, a não ser baderna de alguns e repressão, por parte da polícia? Mesmo quando deixaram passar o tal desfile, o que isso trouxe de significativo, a não ser para os objetivos de quem queria aparecer com o movimento? Alguma coisa mudou para melhor na vida daquelas pessoas? Ou seja, são tão exploradas por estes quanto por aqueles e será sempre assim.
O que mudou foi a vida de muitos que estavam à frente desses movimentos há alguns anos atrás. Muitos deles hoje estão ocupando cargos públicos, junto aos antigos “opressores do povo”, assessorando-os com os conhecimentos adquiridos enquanto conviviam com os “excluídos”, o que lhes garantiu o know how para saber exatamente como auxiliar os novos aliados. Ainda assim, têm uma péssima atuação e são descartados facilmente.
Desde que o mundo é mundo isso é assim. Os que deram e dão suas parcelas de contribuição, verdadeiras e eficazes, em busca de um mundo melhor nunca fizeram ou fazem nada desse gênero. Nunca insuflaram o povo contra ninguém. Ao contrário, pregam a pacificidade. Estes entraram para a história. Os outros, às vezes, também entram, mas como mentirosos, salafrários, déspotas e outras vezes, como os bobos da corte!
Por outro lado, muita gente que eu conheço poderia ser “excluída” pela sua condição de nascimento em famílias pobres e não o são. Filhos de salineiros, agricultores, pescadores etc..., além disso, analfabetos ou apenas com o ensino elementar, esses pais fizeram da educação dos seus filhos, o passaporte para uma vida melhor que as suas. Digo “melhor” e não mais “dignas” porque dignidade esses pais tiveram e num tempo em que não lhes era “ofertada” nenhuma contribuição dos governos, tipo merenda escolar, bolsa escola (EU PREFIRO ESMOLA), bolsa isso, bolsa aquilo...Então, há de se questionar, também, esses “excluídos”.
Apesar de tudo, não quero julgar e muito menos condenar “opressores” ou “oprimidos”. Isso é apenas uma reflexão da experiência pessoal, feita a partir da observação do cotidiano, da convivência com as muitas facetas dos políticos e do povo. Todos, políticos e povo, “vestem” uma cara apropriada para cada ocasião.Aquelas expressões que dizem que o “ povo tem o governo que merece”; “o governo é reflexo da sociedade”, infelizmente, são verdadeiras.
Nada contra políticos ou povo, principalmente porque assim tratados serve, em algum momento para mascarar, os que precisam, ou descaracterizar as pessoas, sendo tratadas, a grosso modo, de povo. Eu gosto de tratar com pessoas sejam elas o que forem. A individualidade imprime responsabilidade no que se faz.
Obviamente que sei que muitos não concordam com a opinião, porém não escrevi em busca de aprovação, mas pela liberdade conquistada de expressar o pensamento tanto quanto os que pensam o contrário a têm.
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