sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O tempo

                              Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças!

As pirâmides que novamente construíste
Não me parecem novas, nem estranhas;

Apenas as mesmas com novas vestimentas.




                                                         William Shakespeare

ORA, POIS!

Deve ser um tanto quanto engraçado duas pessoas de nacionalidades diferentes, quando uma não domina o suposto idioma da outra,  tentando encontrar um terceiro que sirva à comunicação entre elas.
Vou narrar aqui, sem a devida permissão das personagens, mas, o máximo que poderá acontecer será de eu levar uma bronca. Ninguém vai me processar, creio eu. Então, vamos lá!
Estava minha filha Mirnovsk (pseudônomo dado pelo meu filho Aníbal Mascarenhas) em seu apartamento, em Bremen, Alemanha, quando tocam sua campainha. Ao abrir a porta, encontra o carteiro, que lhe pergunta, em alemão, se pode deixar uma encomenda para ser entregue no apartamento vizinho, pois o morador ou moradora, não me disseram o sexo, não se encontrava.
Abro aqui um parêntese para dizer que pensava eu que isso só acontecia aqui "em nós". Mas, pelo visto, na "zoropa", idem.
Prosseguindo: como ela começou a estudar alemão recentemente, ainda está longe de dominar o idioma, mas, compreendeu. Por ela haver peguntado ao carteiro se ele falava inglês, pois ela fala inglês fluentemente e só um pouco alemão, o mesmo ficou preocupado se ela havia entendido o que ele lhe havia pedido. Apesar dela explicar que sim, tinha entendido e entregaria a encomenda logo que o vizinho(a) aparecesse, o carteiro tentava ainda dizer alguma coisa, gesticulando e apontando para o pacote. Ao olhar para o nome dela, exposto na porta do apartamento, imaginou que ela poderia ser de algum país latino (não pelo primeiro nome, segundo Aníbal, Mirnovisk), mas pelo restante do nome. Ele perguntou-lhe se falava espanhol, ao que ela respondeu que não, mas compreendia. E o carteiro então pôs-se a falar-lhe em espanhol, quando minha filha percebeu-lhe um sotaque bem característico e disse-lhe, em bom português: "esperaí", o senhor por acaso é português? Ao que o gajo lhe respondeu: ORA, POIS! E daí por diante a conversa fluiu que foi uma satisfação só.
Depois conto outras.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MILTON CARLOS - Eu juro que te morreria minha

Eu Juro Que Te Morreria Minha

Composição: Isolda / Milton Carlos


Quero te ver

Vestindo a cor do dia

E te ter como essa vida

Me ensina pra viver

Quero te dar

Da forma mais antiga

A linguagem mais amiga

Que se fez escutar

Quero te ver

Num dia assim de chuva

Pra cobrir as nossas culpas

De desejos de se ter

Quero sentir

A sua mão na minha

Pois o dia nos ensina

A música que vem

Eu quero me sentir

Bem mais ainda

Você e o amanhecer

De um novo dia

Se eu pudesse

Te nascer de novo

Eu juro que te morreria minha

Quero te amar

Como se tem na própria sorte

Pela vida, pela morte

A certeza de viver

Quero sorrir

E não chorar com seus defeitos

Nossas falhas, nossos erros

Que nos podem afastar

Quero te ouvir

Nos dias que se seguem

Palavras que se entregam

Na certeza aonde for

Quero te dar

Os momentos mais bonitos

Os sonhos mais vividos

Nossa vida, nosso amor

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS HUMANOS = VIVER A CIDADANIA

__________________________________________________________________________

De nada adianta existirem direitos se a maioria das pessoas não sabe deles e nem como usufruí-los. A educação ainda é a melhor forma de se preparar para a vida.

O pensamento de implementação da Educação para os Direitos Humanos não é novo, infelizmente. Isto significa que, apesar de muitos já haverem se preocupado com o tema, o mesmo ainda não foi levado a sério o suficiente para ser posto em execução.

Não há nada mais desafiador do que a tarefa de transformar uma realidade de transgressão dos direitos mais básicos na vida do ser humano, numa realidade de usufruto do direito de viver a vida em plenitude. De gozar dos direitos mais elementares aos mais complexos. Alimentação, moradia, educação, saúde, segurança, lazer, cultura... vida.

A quem compete o dever de garantir esses direitos a uma criança? Obviamente que aos pais, em primeiro lugar e depois, ao Estado, conforme reza em nossa Carta Magna, a Constituição Federal e nos documentos internacionais de Direitos Humanos, aos quais o Brasil se submete, por livre e espontânea vontade.

Os pais que tiveram o privilégio da boa formação garantem o mesmo a seus filhos. Porém, infelizmente, é pequeno o número desses pais, prevalecendo o grande número dos que não privaram dessa oportunidade, cabendo, portanto, ao Estado o papel de suprir essa carência, o que não tem realizado até agora.

O Estado, pela inclusão do tema nas escolas, que seja pela criação de uma disciplina específica, que seja pela realização de oficinas sobre o tema, durante todo o ano, pode interferir positivamente nesse quadro. Um enfoque frequente e dinâmico, provocador de absorção e assimilação, e da consequente tomada de atitudes.

A mudança de hábitos da população, a atitude quotidiana, uma nova postura frente aos problemas atuais de agravo aos direitos individuais ou coletivos das pessoas, isso acontece pela educação e isso transforma uma realidade.

A escola, como um retrato da sociedade e com a missão de disseminar conhecimento, tem o poder de levar à população toda e qualquer informação, por intermédio das crianças e dos jovens.

Se a escola conseguir cumprir, de fato, seu papel, poderá transformar sim toda e qualquer realidade.

Saber sobre os Direitos tem que ser, antes de tudo, um DEVER. É ter consciência que direitos são consquencias de deveres cumpridos e estar em condições de exigi-los, principalmente pelo conhecimento de tais. Educar para viver os Direitos Humanos implica em levar ao cidadão (criança, jovem, adulto) conhecimentos sobre eles.

Disciplina na grade curricular desde as séries iniciais, oficinas, seminários, programas sociais, toda e qualquer manifestação pública que possa contribuir para a consecução do objetivo de transformar e levar ao cidadão o conhecimento e o usufruto de seus direitos, utilizando a escola como o ambiente ideal pelas ferramentas que dispõe para tal.

O que falta para que essa proposta seja uma prática? Vontade?Determinação? De quem?


_____________________________________________________________________________

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Falando sério...

Ajudando a (re) pensar:


ESTRADA DO SOL

Tom Jobim


É de manhã

vejo o sol mais os pingos da chuva que ontem caiu

ainda estão a brilhar

ainda estão a dançar

qual vento alegre que me traz esta manhã...

É de manhã

vejo o sol mais os pingos da chuva que ontem caiu

pois a nossa manhã

só me fez esquecer

me dê a mão

vamos sair prá ver o sol... o sol...